..."Meus heróis morreram"...
...Consegui um emprego (amém)...
...Ando me sentindo sozinha...muito sozinha... e com a morte, me sinto triste...
...Com Deus, ando tentando entender suas duas mãos, pesos e medidas...
...a medida da dor... a consequência das ações... o quão feliz e triste pode-se estar num único momento da vida... "sorrir mesmo que seu coração doa"...
...Estou vivendo, e tentando fazer com que os sentimentos não se sobressaltem...nenhum deles... "Rir de tudo é desespero"... Sofrer demais é ser mal agradecido pelas oportunidades que temos de sorrir entre uma nuvem e outra...
..."Deixa pra lá, eu continuo viajando
Enquanto eu falo besteira, nêgo vai, vai... então, deixa..."
...Em algum momento de integração social, há quem me diga que eu tenho muito a dizer por aí... palavras podem machucar, chocar, magoar... ou serem ditas para quem interessar possa (difícil encontrar para quem interesse)... Enfim, quer saber o que eu penso, o que sinto e um pouco de quem sou? Então toma aí um pouco de realidade... um pouco de ficção e nenhum alívio quanto ao uso e consequência de todas as palavras.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Meus dois amigos

...É engraçado qdo a gente está triste, sem ter o que dizer, fica procurando ver se outras pessoas têm as palavras que vc queria ter, ou as respostas que lhe faltam... Eu sigo apenas dois blogs: o do Emiliano e o do Conrad... Não há hoje em dia, mais nada nesse gênero de blog que eu goste de ler... São duas pessoas que chegam ao meu coração com gêneros diferentes de escrita... ambos são meus amigos, embora nos falemos pouco e nos vejamos menos ainda...
Pois estes dois carinhas estão há 4 semanas sem postar absolutamente nada nos seus respectivos blogs. Um me disse uma vez no início do ano sob a hipótese de encerrar o blog, uma vez que ñ tem tempo, ñ andava tendo inspiração (o que eu discordo), e ñ tinha muitos leitores... o outro disse que depois que o pai cancelou a assinatura de jornal, anda se sentindo "vazio"...
Bom, eu não me sinto boa comentarista de coisas que leio, mesmo pq posso estar equivocada sobre as idéias que expressam... porém, acredito que, como eu, deve haver um seleto grupo de pessoas "mudas" que deva sentir saudades dos "Causos do Abílio", e das inspirações do "Dr. Literatura"... Tenho um amigo virtual no Ceará que manda aqueles e-maisl de mensagens, slides e vídeos, mas ao invés de simplesmente repassá-los, ele explica os propósitos do envio ao seu grupo de amigos... Esse cara tb parou de mandar as mensagens e comentou comigo que muita gente mandou e-maisl reclamando dessa ausência...
Me pergunto, afinal, se eles tb estão tristes de alguma forma...
Fato é que ningém escreve... nem eu...
...Tomara que essa afasia paradigmática nos seja momentânea, não é, meninos?!...
Saudades...
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Seis Meses

...Há males que vem para o bem...
...Deus fechou uma porta para que outras se abram...
...Daqui pra frente será mais fácil, com a experiência que vc tem...
...Bola pra frente!...
...Agora é que as coisas vão começar a melhorar...
...Não pode ficar desanimada!...
...Tenha fé...
...As coisas são assim mesmo, mas um dia muda...
...Sei que não é fácil, mas não há mal que sempre dure...
...Deus não nos dá uma cruz maior do que possamos carregar...
...Se nada aconteceu até agora, é porque não chegou a hora certa de acontecer...
...Não pode deixar a Peteca cair!...
...Deus tá preparando uma coisa boa pra vc...
***
...Já faz um semestre que ouço, leio e tento absorver em meu rosto, em minha cabeça e em minhas atitudes essas palavras...
...não dá mais...
domingo, 17 de maio de 2009
Enquanto estou no divã, a terapeuta anota...

...Uma vez, procurando um documento para a Wal...rescentemente, procurando minhas bisnagas de tinta para pintar um quadro... tenho me deparado com meus cadernos velhos, velhos rabiscos e confissões para passar o tempo e para buscar concentração frente ao trabalho e ao estudo...Há muito o que se jogar fora... acho que eu encheria fácilmente três sacos grandes de lixo com essas coisas guardadas em meu armário, mas toda a releitura feita, me deu a luz de minhas limitações existenciais...
Penso em trabalho desde meus 15 anos. Gosto de desenhar desde os meus 6 anos...antes disso, eu não entendia minha existência e chorava por não entender... só chorava...e isso de chorar, me afastava das pessoas... eu não era fácil... mas queria ser... desejava tudo o que todo mundo queria... ter amigos ao meu redor...brincar com minhas bonecas... imitar a minha irmã mais velha... E enquanto crescemos...enquanto eu crescia, aspirações que eu tinha pra vida eram jogadas no chão com a violência dos raios... e eu explico-as...
... Aprendi com o desenho que era uma ótima forma de esquecer que eu não era fácil, que eu precisava de um motivo pra entender o que eu estava fazendo por aqui e que eu repelia as pessoas... me aproximei de um amigo que desenhava barcos, àrvores e super heróis de vídeo game com cores vivas e alegres... nós tínhamos 7 anos... ele tinha muitos amigos... Meu vizinho adulto também era muito bom com desenhos, todas as crianças do prédio gostavam dele por ele parecer nem ter crescido... óbviamente adolescentes e moças do prédio tb o adoravam por outros atributos que não cabiam à mim, uma criança que gostava de compartilhar desenhos, julgar... ñ me importava de verdade... ele sabia desenhar...ele era meu amigo... e tinha muitos outros amigos que eu queria ter... Sempre fui muito criativa para escolher temas para os meus aniversários, mas não porque era gostoso ser criativa, mas porque as pessoas precisavam de um motivo muito forte para celebrar essa data comigo...Comecei a desgostar de aniversários qdo ficou muito claro pra mim que eu precisava fazer força para as pessoas estarem comigo nesse dia... eu precisei existir 23 anos pra entender que minha criatividade nasceu da solidão que eu nunca deixei de sentir em relação a amigos... E sobre os desenhos...bom, os desenhos... eu tive a grata oportunidade de ter uma mãe em minha infância que me instigava a ter cultura e me doutrinava a não falhar, por não ter tempo de me acudir se algo desse errado em minha jornada... sempre fui muito fã da Praça da República aos domingos, por causa da feira de artesanato e quadros... todavia, pude presenciar quadros ficando amarelos na calçada...semana após semana de exposição, sem ninguém interessado em levar pra casa qualquer um deles...repetidos na calçada... alegrando minha vista enquanto minha consciência me dizia que quadros à venda sem serem vendidos não poderiam trazer felicidade àqueles que precisavam do dinheiro para fazer valer seu dom...eu nunca vira ninguém comprar desenhos... exposições na Pinacoteca, no MASP, no MAM sempre me pareceram lixos, perto da diversidade de cores e vida da Praça da República, das telas de figuras indígenas no Embú das Artes... eu não podia falhar... então, não podia viver de desenhos qdo fosse adulta, porque arte urbana não me sustentaria no futuro que era ainda tão distante para os olhos de uma criança, mas tão próximo para quem está olhando para trás agora...
Se existe certo ou errado no conceito de gostar de pessoas, tb ñ fiz as escolhas certas... eu queria ter amigos... ser amada por alguém um dia... que aquela coisa de chorar e repelir pessoas pudesse se extinguir, como uma perda instantânea de memória respeitada por todos...mas...que todos?...ñ havia "todos"...eu gostava de pessoas que eu queria ser... garotos bonitos demais...pessoas cercadas por amigos sem fazer força... pessoas que não pensavam muito e eram inteligentes...pessoas que nem se esforçavam pra ser inteligentes mas sabiam conquistar a atenção necessária para serem queridas...pessoas que se empenhavam ridículamente pra aparecerem para os outros, e não eram ridicularizadas, mas sim reconhecidas pelos seus esforços e progressos... pessoas com qualidades abolutas de perfeição e outras com fragmentos de admiração como um sorriso iluminado, ou uma voz calma... ou um olhar expressivo... ou atitudes carismáticas... isso até fazia eu diminuir o crivo de seleção, como se eu pudesse ou estivese em posição de escolher quem pudesse gostar de mim... Já gostei de pessoas casadas...já gostei de pessoas que não mereciam ser gostadas...já gostei de gente feia tanto quanto gostei de gente bonita... já fui usada e quase nada usei, pelo que me lembro, de ninguém... ou usei?... e em todos eu enxergava pedaços do que eu sempre quis ser e nunca fui... aos 28 anos coleciono mais platonismos do que o exercício de trocar sentimentos...enfim...
Não tenho muitos reais amigos...
Creio não saber gostar de gente... ñ estou em posição de julgar ou desrespeitar a decisão de quem não gostar de mim, justamente porque eu não sei gostar de gente...
Eu penso em trabalho desde os meus 15 anos... eu trabalho desde os 17 anos... Não estudei artes, logo, ñ sou. A idéia era que eu aos 25 anos já me sustentasse com estabilidade profissional e emocional, mas aos 25 anos eu estava sendo demitida mais uma vez, e tratava de minhas debilidades com remédios controlados e terapia, logo, a idéia falhou. Tive empregos registrados. Tenho duas carteiras de trabalho, sendo uma carteira cheia de registros, mas não tenho empregos estáveis e a cada vez que ouço que não tenho perfil para a vaga que busco, ou que não tolero o que vejo dentro do ambiente de trabalho em que estou, a ponto de ser mandada embora, ou desistir, me fazem constatar que, embora tantos lugares, embora o curso técnico e um diploma de faculdade e depois de 12 anos, eu não sei trabalhar e nada aprendi sobre isso. ... e a verdade é que a cada entrevista, a cada página virada de meus cadernos...minhas anotações... minhas avaliações de escolas... meus desenhos... meus poemas... a minha forma de gostar de pessoas ( e de não gostar)... tudo me aproxima do fato de que embora tudo,
(...) eu ñ sou,(...)
(...) a idéia falhou,(...)
(...) eu não sei trabalhar e não aprendi nada (dentre outras anotações e rabiscos para a próxima consulta).
sábado, 18 de abril de 2009
A impessoalidade das relações humanas modernas...

"Você precisa preencher corretamente e sem rasuras a ficha das minhas expectativas, pra eu ver se vale a pena incluir o gostar de você em meus afazeres diários... "
...Ultimamente é assim, não é?!... poxa, se mamãe tivesse feito isso... quem sabe a vida fosse mais fácil... rs... mas agora, falando sério... acho que nem assim é mais fácil... é uma grande utopia ter ao seu lado uma pessoa que corresponda exatamente ao que vc chegou um dia a sonhar que seria perfeito pra si... e o barato de se relacionar com as pessoas é o exercício diário da adaptação, do conhecimento, da novidade, do respeito... enfim, tudo isso que vc não descobre no chat, no orkut, no skype, no twitter...
É inegável a amplitude que o computador oferece à comunicação, mas SOCIALIZAÇÃO só dá pra acontecer entre pessoas...
Junto com a facilidade tecnológica, às vezes sinto que o ser humano cultivou um lado mais maldoso, porque também é mais fácil enganar, abandonar... machucar... e daí, a gente vai criando uma casca mais grossa pra estar em contato mesmo com as pessoas... Dá pra acreditar que não vai demorar mesmo muito pra ouvir na rua, na escola, as crianças perguntando como era isso de conhecer as pessoas numa conversa no ponto de ônibus... numa danceteria... num parque...
...Mas quem nunca pensou como gostaria que fosse a tampa da panela?... Eu participo de uma comunidade no orkut chamada: " e se eu for uma frigideira?", porque o argumento deles é incrível! Diz assim: "Essa comunidade é praqueles quer acham que são frigideiras e já cansaram de ouvir: EXISTE UMA TAMPA PRA TODA PANELA...mas e se eu for uma FRIGIDEIRA??!!! frigideira não tem tampa! ai vai vir alguém falar: Hj as frigideiras tem tampa.. FRIGIDEIRA QUE É FRIGIDEIRA NÃO TEM TAMPA!"
...A gente nunca vai ter certeza, né?!... A única certeza que temos é do que sentimos agora e do que passou...passamos do tempo das casualidades dos encontros da vida, que são cada dia mais raros, e vivemos tempos impessoais, exigentes e muito...muito solitários...
terça-feira, 31 de março de 2009
Stand By...

Há dias, entro, leio e releio o que escrevi, e não me vem inspiração de continuar escrevendo. Meus posts têm sido maiores, reconheço,... e ñ que eu ñ tenha sobre o quê falar, mas só ñ me vem mesmo o lance de redigir, sabe?!...
Entreguei cópias dos meus documentos em uma empresa, e estou no aguardo de que me chamem pra treinamento... aparentemente estou empregada, mas a espera por alguma coisa acontecer me deixa irritada... pq, é como se fosse uma grande furada, de novo... ou como se ainda estivesse desempregada...somados, ainda, com o término do meu seguro desemprego... agora vai começar o desespero... merda...
quinta-feira, 19 de março de 2009
Técnica em Comercialização e Mercadologia

Sex Machine, cabos de fibra ótica para telefonia, fraldas que mudam de cor informando que a criança está suja... idéias de adolescentes de um colégio público...adolescentes que poderiam ser eu em pouquíssimo tempo... idéias de pessoas que certamente estão numa muito melhor... é isso: vou fazer Mercadologia e ser uma jovem idealista de sucesso... mas teria que vencer a idéia de mais uns 30, 36 jovens idealistas na sala... minha idéia?!...uma produtora de vídeo clipes...meu produto inicial?! o clipe da música Dezesseis, da Legião Urbana... Era pra eu ganhar o MTV Music Award de 1999, pq a idéia era perfeita, e eu transformaria pedaços de SP em Brasília, de um jeito que nem os caras de Brasília perceberiam que eu ñ tinha a menor condição de viajar pra lá... Três foram as idéias finalistas: GPS, Caldo de Cana em Lata e um novo modelo de station wagon, com o porta malas maior... minha idéia ñ chegou nem perto de vencer...Um cara que assinava a Quatro Rodas, com o talento de desenhar e recortar termos e técnicas vendáveis foi quem motivou o 2ºMercadologia B a levar a idéia da montadora de veículos Gênesis do Brasil à diante... nossos pais queriam acabar com nossos professores, que alimentavam nossa criatividade...chegamos mesmo a cogitar a idéia de usar a poupança da FEITEC pra contratar algum ferro velho que pudesse montar a carcaça daquela idéia que tínhamos comprado... a última cartada seria alugar um carro de modelo semelhante ao que imaginávamos que podia ser o nosso Zeus... o idealisador, no entanto, abandonou o projeto pouquíssimo tempo depois de termos acertado de que seria o carro o nosso produto, pq havia engravidado uma colega de classe, e estava de saco cheio de discutir o nosso futuro... Daria qualquer coisa pra ter visto nascer a minha idéia dentro daquela sala, e ele estava abortando o que era o sonho da minha vida... enfim...recusei a presidência nas prévias de indicação, mas virei diretora de marketing da Gênesis...adotei um filho abortado...
O presidente da empresa estava definindo seu espaço e sua sexualidade...ñ tinha tempo para aquele projeto, e perdeu a pasta da empresa uma semana antes da feira...o vice-presidente estava muito menos interessado no que aquilo tudo representava...racional demais pra idealisar alguma coisa... dentro de uma sala de 36, 37 pessoas, a corrida era pra passar de ano, pra parecer mais bonito no dia da feira, pra conquistar paixões... tudo importava, menos o que deveria importar de fato: o projeto... Refiz a pasta da empresa com o Samoury em 48 horas, ou a sala inteira seria prejudicada....embora tivéssemos o dinheiro, ñ nos deixaram alugar o carro, pq o chão do pátio podia afundar com o peso e a circulação de centenas de pessoas pela feira... Poucos que conviviam comigo não tinham por aquela feira a vontade de que ela desse certo, como a vontade que eu sentia, embora não estivesse depositando ali o meu verdadeiro sonho, eu só queria que alguém pudesse visitar a feira e fizesse por nós o que fizeram pelos alunos dos anos anteriores: comprassem a nossa idéia...
Na sala ao lado, um dos alunos responsáveis pela poupança roubou o dinheiro da sala e foi embora do colégio... fiquei tão sensibilizada pelo fato, que abracei a causa deles de um jeito que minha sala me odiava, como se eu ñ me dedicasse o bastante pra fazer o nosso projeto dar certo, mas fato era que me dava mais prazer acompanhar a outra sala, do que acompanhar a minha, resguardando, claro, cada um o seu maior segredo...até o dia da feira, ninguém podia saber o produto e /ou o diferencial do produto do outro...eu era voluntária cega de um projeto que eu pouco conhecia, mas que me encantava.
Por incompetência de quem ficou responsável pela área financeira, perdemos o tempo de alugar um stand, e com todo o dinheiro que tínhamos, compramos em material para montá-lo: colunas de gesso, tinta e vídeos de técnicas de pintura, para dar efeitos sobre o gesso, o compensado, o tule...enfim... a costureira das saias do uniforme das meninas tb foi um fiasco... tivemos de refazer por nossa conta... alugamos a máquina de gelo seco e o nosso produto foi representado por cartazes (o mais lindo elemento comercial do nosso stand, graças ao Charles e ao Ivan) e... um carrinho de brinquedo comprado na Pagé... o comercial foi feito com uma Parati... tudo o que não devia parecer era um carro comum, mas o comercial com a Parati foi o fim da nossa moral, da nossa arrogância...dos nossos ideais... Zeus era uma piada... Nossa improvisação de stand até que foi a mais bonita daquele ano, mas a decepção das pessoas que passavam pela porta de saída, perto do que era prometido...realmente... ñ consigo nem descrever...
Saldo daquele momento:
- Aprendi em dois anos a pintar murais, preparar paredes para pintura, marmorização no gesso, texturas, aproveitamento de materias sucateados, além de ter aprendido conceitos de responsabilidade, flexibilidade, pró-atividade, solidariedade, foco e liderança, quase aprendidos como quem soca comida para dentro da goela...
- Se tivéssemos idealizado uma empresa para montar stand, acho que teríamos tido mais sucesso...
- Mesmo a pasta do presidente refeita por mim e pelo Samoury...nunca mais ninguém soube dela...mas os professsores a viram a tempo de nos fazer passar de ano...
- Ao final da feira, cada sala comemora dentro do seu stand o sucesso da mesma...Eu fui para o stand da sala ao lado... foi o meu jeito de dizer como eu estava magoada com aquele abandono proporcionado pela minha sala, diante do meu sonho... e como eu sonhei...
- Fiquei com uma pasta com mais informações do que uma diretora de marketing precisava saber, graças ao trabalho de restauração da pasta do presidente... Aprendi sobre marketing, distribuição nacional, gestão de pessoas e processos, publicidade, estatística... e antes que me pergutem o que eu fiz com o que aprendi, eu respondo: coloquei minha pasta embaixo do braço e fui tentar conseguir emprego com ela... em montadoras, em distribuidoras, cartas para editoras, produtoras... E, embora fosse tão flagrante o meu conhecimento teórico, era inaceitável para muitos entrevistadores que eu pudesse saber de tantas coisas com 17 anos de idade, e entre o concreto e minhas aspirações... se nem meus amigos apoiavam meus sonhos, as empresas tb ñ apoiaram... e sabe, sonhos têm a textura aerada de um Suflair... e os meus foram preenchidos por concreto...realidades concretas... enfim...não deram certo...
terça-feira, 17 de março de 2009
As Escolhas e as Escolas

...Mas por que shows são a felicidade absoluta?
Bom, eu não seria assim tão iludida de pensar que há quem trabalhe com isso e não goste...dizem que o vocalista do Coldplay acha um saco fazer qualquer coisa fora do estúdio... o próprio Renato Russo não era muito chegado em turnês pra cantar as velhas músicas...
...Mas vocês já tiveram a oportunidade de olhar nos olhos e nas atitudes das pessoas que realmente gostam de um show?...Não só o artista...todo mundo... é surreal...
Quando estou em um show e consigo observar tudo ao meu redor, por mais louco ou ameno que seja, eu renovo minha esperança de um dia poder fazer algo de que eu realmente goste pra me sustentar... Ñ é todo dia que pessoas comuns têm R$140,00...R$200,00 pra ir à um show...eu ñ tenho... e tô perdendo vários (!)... mas consigo canalisar esse estado de espírito observando outros apaixonados pelo que fazem, e caçando alguns que suponho que sejam... Tem um DJ na Trash que simplesmente entra em transe, canta, dança...se entrega, enquanto tá discotecando... é quase tão mais legal ir lá pra vê-lo, do que pra ver um monte de marmanjo barbado cantando e dançando músicas infantis e músicas velhas... Eu tive um professor de matemática no cursinho que plantava bananeira toda vez que acertávamos um exercício na lousa, fazia piada de tudo e de todos, resolvia um cubo mágico em segundos, jogava balas Juquinha pra gente, como se fosse o próprio Silvio Santos... foi um ótimo professor, e espero que ainda seja.
Shows sentada em mesa me estressam... tudo é muito apertado, e a capacidade de as pessoas observarem o que acontece ao redor fica limitada... e os fumantes são os piores nó cegos nesses shows... minha irmã viu o primeiro acústico do Roupa Nova chorando, e ñ era de emoção... um casal filho da puta de fumantes na mesa da frente estava mais interessado em acabar com o maço do que em ver o show... tomara que já estejam entubados...
...Feira de livros têm sido uma grande incógnita... Roberto Shinyashiki foi uma grande decepção pra mim... e nos olhos do Maurício de Souza, vi um grande estrelismo (pq ele é mesmo!), mas ainda um grande orgulho por representar o que representa... em meu último trabalho, quase todos os dias em que eu conseguia ir almoçar, passava em frente à Maurício de Souza Produções, e o ritual era sempre o mesmo: olhar para o Bidú e para o segurança, fechar meus olhos e dizer "eu ainda vou trabalhar aqui'... Com certeza, o segurança me achava uma louca, ou uma perturbada leitora de "O Segredo"... Fato é que eu ainda não trabalho lá... talvez por não ter visto ainda paixão...o transe...a felicidade absoluta no Maurício de Souza e em suas ações... sei lá se escritor chega à isso, pq todo escritor é meio paradão, e talvez por isso com a música e com os shows, a sensação de que os caras que sobem no palco pra cantar são mais plenos em seu ofício me encanta mais facilmente... e não que não exista paixão no Maurício de Souza... pelo amor de Deus... a Turma da Mônica é um grande marco literário na vida de multidões, e os projetos de educação e desenvolvimento cultural são incalculávelmente a representação de um empenho que só dá pra ter qdo se tem amor pelo que se faz, mas há muito de comercial nisso tudo, e comercial me lembra venda... que me lembra do meu trabalho..que me lembra do quão infeliz me sinto numa central de atendimento comandando ou sendo parte de um processo comercial... É claro que ñ dá pra comparar R$6,90 de um gibi contra R$140,00 de um bom show... o lance é que eu já fiz em minha infância, gibis para aulas de educação artística e achei horrível... em contrapartida, já ganhei um concurso de desenho com um cartaz sobre a higiene da escola, no qual desenhei a diretora e a tia da limpeza...fui a sensação da escola durante um mês inteiro e fui presenteada com um passeio pro SESC... Assim como já toquei e cantei pra um "público" de 200 pessoas no auditório do colégio, e a diretora quase nos expulsou pelo conteúdo do nosso set list... a banda acabou, e eu não me dediquei mais ao meu instrumento musical... meu inglês está um tanto mais descente do que era...mas nunca mais cantei em público depois daquele dia...
...Sem cantar e sem desenhar, me sobra observar e viver um pouco da felicidade dos outros e imaginar o absolutismo de já ter vivido uma parte disso...
segunda-feira, 16 de março de 2009
Válvula de Escape

...Eu adoro Show.
Shows estão para mim, como:
- Fome está para os somalianos,
- As drogas estão para os viciados,
- O amor está para o poeta,
- A mãe está para um filho,
- O Pequeno Príncipe está para uma miss,
- A fotossíntese está para àrvore...
...enfim... e assim são os shows para mim...
A primeira vez de que me lembro, fui assistir à um show do João Gilberto com minha mãe no Ibirapuera... daí, a Bossa Nova nem chegou a nascer pra mim... foi uma grande decepção... Chegamos cedo, pra depois do show fazer piquenique...o dia tava lindo... e ele ia cantar com uma porção de gente legal... mas as horas passaram, o sol se colocou em seu ponto máximo e eu, uma pobre criança dentre uma centena de pessoas, num lugar com uma visão privilegiada, protegida como podia pela minha mãe, ñ aguentei o atraso de mais de 3 horas do João Gilberto...nem a Rita Lee, nem o Caetano, que subiram ao palco e começaram a dar uma enrolada, se desculpando pelo atraso do amaldiçoado do João Gilberto... eu nem sabia que ele era o dono do "banquinho", mas certamente eu o faria sentar nesse banquinho até vê-lo sair pela boca, se eu pudesse, e se eu soubesse... Ele chegou qdo minha mãe conseguiu me tirar de lá do meio, com insolação... tive tempo de vê-lo chegar dentro de um carro, e até peguei uma pedra pra atirar nele...mas aí pensei que quem seria presa era minha mãe... e a cesta de piquenique estava com ela... a coitada da minha irmã, que não queria saber de show nenhum, foi encontrada momentos depois de minha crise de insolação passar, agonizando de fome, sentindo cheiro de comida das barracas da feira de arte...tadinha...Dali pra frente, reencontrei-me com os shows gratuitos do Ibirapuera depois dos 18 anos de idade, mas não fiquei longe das minhas crises de insolação... e fui pagante de uns outros poucos shows antes de me reencontrar com a Praça da Paz...
Vi os Mamonas Assassinas, o Angra, tive insolação no primeiro show da Rádio Mix e não pude ficar pra ver os Raimundos, mas vi Skank e Nativu´s... Vi Jota Quest, Marisa Monte, Cássia Eller, Zélia Duncan & Cássia Eller, Rita Lee, por acaso, o show do Ney Matogrosso, o Rappa, Barão Vermelho, os dois acústicos do Roupa Nova, o inesquecível Pearl Jam..até o Ira, Chiclete com Banana e as irmãs Galvão eu já vi (e acreditem, me diverti tb!)...o último foi o show da Cyndi Lauper...
Não é a muvuca que me interessa, o monte de murro que levo pra ficar num lugar legal... pular por osmose pra não ser pisoteada...nada disso...adoro ver show em casa tb!...lamento ñ ter podido ver o U2 pelo multishow, mas o pouco que a Rede Globo me proporcionou, foi incrível... o Elton John então...nossa... como foi lindo e bacana ver em casa...
...Mas tem coisas que só ao vivo é que vale a pena... como foi o show do Pearl Jam...
O Iron Maiden fez um show ontem em SP...e cara... deve ter sido incrível... eu ñ pude ir... assim como ñ pude ir ver a Madonna com o Chris... assim como... ñ vou ver Aha, Air Supply...quiçá o Kiss, que vai ser uma coisa que ñ vai mais acontecer no milênio... o Metallica tá prometendo vir no próximo semestre... e eu só queria poder estar empregada pra alimentar essa necessidade tão grande de ter um escape de felicidade absoluta nessa vida tão desprovida de Praças da Paz...
quarta-feira, 4 de março de 2009
As ofertas de emprego atuais...

Se parar pra analisar de verdade, trata-se de um discurso altamente político e sindicalizado, mas não, eu não tenho o menor tino pra coisa... queria falar hoje sobre o assunto emprego, como uma coisa muito séria pra todo mundo que está mal empregado, mal remunerado e acredita fielmente que esteja passando por uma grande injustiça.
Ainda encontro pessoas que me olham e me abordam como: será que o problema não está em vc, Vanessa?!, por conta da quantidade de registros que tive, e as formas como tenho sido demitida. Estamos num momento do ano em que conseguir emprego deveria ser muito mais fácil, embora essa tal de crise financeira mundial seja uma assombração e uma muleta muito eficaz pra muita gente...
Todos os dias, qdo venho ao computador, antes de começar a me entreter com orkut, blog, e-mails pessoais..., eu realmente olho todas as agências de emprego virtuais as quais eu sou cadastrada, afim de verificar quais são as vagas do dia. Se for pra agir com a maior honestidade do mundo, eu realmente não devia mais estar desempregada, e certamente nem mais trabalhando com telemarketing...tudo isso se eu me sujeitasse a ganhar menos que R$900,00 por mês. E o problema está aí.
Hoje eu estava vendo um telejornal com a matéria sobre trabalhadores que fazem empréstimos consignados e têm os descontos direto em folha...os caras falavam que não viam a cor do salário, que ainda estavam com atrasos e dívidas...enfim... nada que a rotina não nos mostre... Mas aí, se olharmos mais a fundo a situação, perceberemos que a carteira de trabalho dos caras têm um salário que não chega a mil reais....geralmente não colocam pra fazer uma matéria de empréstimo consignado, um cara de 18 anos de idade... São homens com responsabilidade familiar alta...às vezes os únicos que trabalham em casa... Dentro de call center, não é diferente... mulheres e homens com filhos, com vontade de estudar, com vontade de ter uma vida independente, comprar um carro, um imóvel..um sapato que substitua o de sempre...uma roupa pra ir na formatura de alguém... a vontade de casar na igreja, com festa, com a reunião da família... São motivos torpes?...Será que ninguém que trabalha pode pensar em algo assim para vida? Será que a única razão de passarmos a maior parte da nossa vida longe de quem realmente importa para nós é só pagar, pagar, pagar?...De qualquer forma, são culpados por deixarem as empresas estamparem na carteira de trabalho um salário de R$465,00, com toda a história de vida e conhecimento que têm. Gente formada, gente com educação, gente que investiu muito caro por um diploma, que se desespera pelo desemprego e pelas urgências da vida, e se deixam levar por salários que não vão mudar a condição de desespero em que se encontram... começam a tapar buracos, esperam pelo tempo que as financeiras geralmente exigem que vc tenha de "estabilidade" em seu emprego, fazem empréstimos, ativam cartões de crédito, solicitam cheques... para tapar outros buracos maiores da subexistência e, quando menos esperam, estão numa condição pior do que a que estavam enquanto desempregados...correndo risco de perder o pouco que entra por meio do salário, e de serem presos, por não honrarem o que devem...
E, por causa dessas pessoas, eu e muitos outros que procuram por uma oportunidade profissional sofrem, porque não queremos retroceder à condição que as empresas já se acostumaram a ter: quanto mais empregados desesperados, menos seletivos e exigentes serão por uma condição de trabalho e remuneração melhores. Daí, aumentam as exigências para quem é contratado, mas pouco se valoriza o caminho que o profissional percorreu para ter experiência, instrução, formação, preparo técnico, enfim...
Vai parecer ridículo, porque cada um sabe de suas necessidades e de suas vidas, mas acho que deveria haver um boicote crítico à empresas que oferecem salários miseráveis para pessoas que precisam ter boa formação e experiência de mercado. Acho que é muito injusto ficar desempregada porque não aceito diminuir R$600,00, R$700,00 do meu último salário, como muitos por aí aceitariam em nome de um desespero mal calculado de vida. É injusto eu ter que pagar com o meu desespero, pelas decisões desesperadas dos outros que se sujeitam à maus salários para tapar o sol com uma peneira.
...E é por isso que eu não costumo dar gorjeta pra ninguém... Todo mundo que trabalha esperando que a caridade dos outros seja maior que a responsabilidade do seu patrão devia repensar a própria vida... E, por favor, pensem mesmo, porque eu preciso trabalhar.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Vazio.

..."Vê se pára de escrever essas merdas e vai ler um lirvo... Depois qdo perde ou esse computador dá problema, fica aí, morrendo..."
...Embalada por essas palavras tão cheias de incentivo que saíram da boca de minha mãe, eu postei meu último texto no blog... o foda é que para quem ela conhece, ela adora falar que eu escrevo bem, que desenho melhor ainda... que a Wal é super inteligente, independente e responsável... gosta de fazer um comercial, mas o prazer de nos deixar tristes parece ser maior do que a demonstração de vaidade pública... A vontade veio, mas eu não chorei.
...Embalada por essas palavras tão cheias de incentivo que saíram da boca de minha mãe, eu postei meu último texto no blog... o foda é que para quem ela conhece, ela adora falar que eu escrevo bem, que desenho melhor ainda... que a Wal é super inteligente, independente e responsável... gosta de fazer um comercial, mas o prazer de nos deixar tristes parece ser maior do que a demonstração de vaidade pública... A vontade veio, mas eu não chorei.
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...Enquanto isso...é carnaval... assisti ao Oscar... Salve a TV a cabo!
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...É difícil falar... por mais que eu ache que grande parte do que vem da boca da minha mãe ultimamente é vazio, ouvir isso dela me magoou... não que ela não tenha feito isso outras centenas de milhares de vezes...sempre dói qdo ela faz isso... geralmente qdo me sinto entediada, qdo me sinto sozinha..qdo não tenho mais saco de ler propostas e preencher questionários repetitivos de emprego, abro o blog e vou lendo o que escrevi, porque aí reaparece aquela loucura que me dá de escrever tudo o que me passa pela cabeça, e tudo o que deixei de escrever porque o último texto ficou denso demais... eu passei o dia com os sites de emprego abertos e, em paralelo, com o meu blog também. Faz 4 dias que não escrevo, e não porque eu não veja o quê, mas depois do que ela disse... sei lá...
Disse à um amigo hoje que o tédio costuma ser meu combustível literário, e que de uns tempos pra cá, meu "tanque" tava sempre cheio... mas ouvir o eco das palavras da minha mãe funcionou mais ou menos como um tanque cheio de combustível adulterado, manja?!...
Devo passar um tempo aí sem escrever... vou tentar superar isso aí, e ver se volto logo...
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
I know not what tomorrow will bring, mas eu quero meu nome pra continuar contando a história...

...Trabalho desde meus 17 anos... tudo começou atrás de uma escola de informática, com as páginas amarelas do guia telefõnico na região de Santana, um chefe sovina, que pagaria R$ 8,00 caso conseguisse levar um ser humano para dentro da escola e as recepcionistas conseguissem entre desculpas e técnicas primitivas de vendas, convencê-los a fazer a matrícula na escola... De lá para cá, houve um momento de paz em minha vida profissional, que durou três meses incríveis...dentro do Centro Técnico Operacional de um banco, como operadora de máquina de microfilmagem...não fosse por esse trimestre, teria só lembranças punks pra contar... Hoje fui à uma entrevista em uma escola particular em Ermelino Matarazzo e voltei para casa pensando no fim do meu blog, no fim do meu orkut...possívelmente no fim de uma comunicação livre nesse espaço tecnológico, caso dê certo isso de dar aula...
Tá... quem me conhece sabe que nunca quis ser professora...eu queria mesmo era ter feito jornalismo, mas depois de 4 tentativas frustradas, sem nem aparecer numa lista de classificação, eu desisti disso, antes que se tornasse uma paranóia a mais com a qual eu teria de conviver para o resto da vida...e quem me conhece tb sabe que o curso de Letras só foi um percurso maior que ...empacou, já que não virei a jornalista que queria ser...e meu diploma está empacado mesmo, dentro do armário...enfim...
Em 2003 houve uma tentativa "chulé" da minha parte, de tentar fazer esse diploma valer a pena... fui à uma atribuição de aula, e descobri que não bastava estar formada, eu tinha que ter feito o magistério...não bastava ter estudo, mas eu tinha que ter "pontos" por tempo de aula dada em caráter de estágio - e estágio para o Estado, naquela época era trabalhar de graça MESMO... "plantar agora para colher depois"...ñ dava pra pensar como botânica...ou eu trabalhava pra pagar a faculdade, ou não fazia a faculdade... simples assim... e aí, me sobrou o Tito Prates da Fonseca, a proposta de ser eventual, competindo com 5 outras eventuais - com pontuação... era desumano...se em três meses eu consegui dar 7 aulas, acho que foi muito... ñ fui nem avisar na escola que eu desisti de ir... nem me ligaram pra falar que precisavam... escolas particulares sem Q.I. ... mais fácil acertar na lotofácil... fui escurraçada do meio, por não ter me submetido à gratuidade e ao romantismo dessa profissão... E o que eu fiz? Aceitei a porta fechada em minha cara e voltei pro telemarketing.
...Vi minha vida fazer 360º quando, depois dessa tentativa, fui parar novamente em outra escola de informática, com o telefone branco na mão, a velha lista amarela... o mesmo script... e um diploma...aí, voltei para um call center com a vantagem da conclusão do curso superior e uma boa história e... bingo! Supervisora!...Daí pra frente, exerci a profissão de professora com o romantismo de quem está na sala de aula, reensinando "aborrecentes" mal educados a falar, escrever, se portar e expressar -se com objetividade, clareza e atenção... um discurso bonito, mas uma grande utopia dentro e fora da escola. Eu remendava o que havia sido mal captado e ganhei com isso o que os professores ganham geralmente... a lembrança e estima de poucos... raros... o desprezo e a maldade de muitos... com a grata vantagem de que num call center, eu podia demitir (com um certo custo, mas conseguia), e em sala de aula, no máximo, eu conseguiria uma reunião de conselho pra tentar repetir a dose do infeliz no próximo ano ( e certamente não seria poupada de reviver o mesmo inferno... acho que foi assim que nasceu aquele lixo denominado " aprovação automática").
Bom, o objetivo do texto de hoje é desabafar que, certamente se eu me tornar uma "educadora" dentro do lugar destinado para isso terei de me desvencilhar de um ponto crucial do meu caráter: a minha contundente franqueza... que escola vai querer uma professora que escreve o que eu escrevo, que viveu o que eu vivo e que tenha isso tão facilitado na internet para os alunos, pais de alunos poderem usar seus dedos julgadores sob a instituição e sob mim? ...Fernando Pessoa qdo usava heterônimos deve ter previsto acontecimentos assim... mas, de quê servem?...somos descobertos no final... Não existe crime perfeito, e o meu é existir... ou mato minha subexistência terapêutica virtual para prover minha subexistência real, ou arco com as consequências de uma vida marginalizada para existir plenamente...
...É...não é uma história que se repete... com menos de 20 anos, Fernando Pessoa já havia saído de Lisboa, falava fluentemente inglês e escrevia tão bem quanto... sua avó lhe deixara uma herança pra que ele investisse nos seus delírios de forma concreta... com 26 anos ele já havia escrito um livro... antes dos 30 ele já fazia resenhas para o TIMES e tinha o Orpheu em Lisboa ... é óbvio que não é uma história que se repete... e que heterônimos não nos salvam de julgamentos e /ou análises futuras... Terei de tomar uma decisão... Porque eu não sei o que o amanhã trará...
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
About This...

...Vários dias sem escrever, e não por falta de assunto... muita coisa aconteceu nesses dias... muitas coisas passaram pelos meus pensamentos... mas aí, parei hoje pra pensar que essa "terapia virtual" é um compromisso muito, mas muito escravocrata... a troco de nada, tenho que pensar que em algum momento do meu dia, ou da minha semana devo contar por escrito o que se passa pela minha cabeça, o que meus olhos captam, o que meu coração sente e como vou agir ou gostaria que as pessoas agissem ao meu redor... Acho que esse pensamento permeou minha vida até o dia do "big bang"... (e por que eu deixei ele ir embora no dia do "big bang"?...)
...Aconteceu pela segunda vez de eu desistir de um emprego, mas desta vez, não em função de outro emprego, mas sim porque simplesmente não dava pra ficar... foram três dias de um imenso choque de falta de respeito, irresponsabilidade, bagunça, falta de atenção... por R$300,00 a menos do que eu ganhava, muito, mas muito mais longe de casa, sacrificando sábados, domingos e feriados... não valia a pena... e embora não valesse mesmo, ainda há em tudo isso uma certa sensação de vergonha e fracasso que não consigo deixar de ter, embora tenha sido um decisão que eu realmente não tenha me arrependido de ter tomado...
Voltei para trás dessa tela em busca de um novo emprego, mas por esses dias, tive a idéia de fazer com que esse blog virasse uma consultoria para pessoas que, como eu, não merecem ser tratadas de qualquer jeito por qualquer empresinha que se diz bem conceituada no mercado, mas que não tem a mínima competência de efetuar pagamentos em dia, organizar layout e mapas de sala, promover líderes, e não pasteleiros em busca de culpados para o não batimento de metas... mas esta é minha sexta postagem, e só eu sou a fiel leitora de meus sentimentos e pensamentos até agora, e embora o endereço deste esteja em meu orkut... minha irmã, ao tentar criar o back up do meu antigo computador já apagou meu livro sobre desemprego... realmente já não sei mais se vale a pena detalhar o assunto...
Enfim...meus 28 anos estão batendo à minha porta, e minha nova carteira de trabalho anseia por uma oportunidade de ser muito menos usada do que a primeira, tendo registros mais sólidos e felizes... tomara que não demore... tomara...
sábado, 7 de fevereiro de 2009
...Qualquer castigo pra Vanessa é pouco...

Por que as pessoas se acham no direito de nunca estarem disponíveis pra gente e a gente não pode dar o troco?...
...sou formada desde 2002. Em 2005, conheci a Trash 80´s no Centro de SP e, para mim, é um lugar perfeito...músicas, alegria...clipes... Já considerando 2009, são 4 anos em que vivo levando pessoas pra conhecer esse lugar mágico... e convidando... e levando váááááários bolos... no último, combinei com 5 pessoas...a última desistiu de ir qdo eu já estava no ponto de ônibus, ligando pra dizer em qtos minutos eu chegaria ao local combinado pra irmos... cara... sabe o que é se arrumar, dispensar outros convites, caronas...ou dispensar o que mais gosto de fazer que é estar com minha mãe e minha irmã em casa, pra estar com pessoas tão...displicentes...sem o menor respeito e consideração qto aos seus sentimentos, expectativas...enfim... e não é a primeira vez... uma das vezes, foi no único - e último - aniversário que fiz em um bar... minha família, minha madrinha e as irmãs dela, meu padrinho de formatura e a trupe do meu melhor amigo doido e ausente Djalma foram... no mais, esperava por mais umas 20 pessoas, dentre elas, as que, me esperam hoje... e ninguém foi... se alguém se lembra disso?! CLARO que não!...mas porque minha irmã queria viajar e ficar num interior comigo e com minha mãe, foi o caos, porque eu, que fui "nomeada" (sem o menor gosto...francamente...) a "experiente" em reservas de VIPS com desconto, fiz a lista, me prontifiquei com o flyer, de repente...não ia... e não sentiria o menor remorso por isso...
Se quero provar pra elas que sou superior?... como se pode ser, qdo as pessoas não têm memória?!... À isso, a humanidade nomeia como mágoa, rancor... ter memória de ter sido machucada pelos outros, é rancor... bruxa sou eu...
...Enfim...estou em casa... Acordei cedo e precisarei estar às 10h no cú do mundo, onde trabalho... Gasto com condução...entrada (é só desconto, não uma benção)... vou gastar com táxi pra voltar antes das duas horas da manhã e... no horário mais legal das músicas infantis... e pela segunda vez dentro da Trash (pq já houve uma anterior à essa), receio que não vou sentir o menor prazer em estar lá...e vou me molhar porque ainda está chovendo...
...Depois de um dia tão gostoso com minha família...um fim de noite fazendo um "social"... Não por você, Christian, nem por você, Conrad, que estará trabalhando talvez e nem vá (certamente estes entenderiam o quão cansada estarei pra trabalhar amanhã por conta de hoje)...muito menos por você, Luciana, que sei lá por quê eu acho que também não vai, mas eu perdoo... Aos que eu chamei e dirão que esqueram e/ou inventaraão certamente mais uma desculpa medíocre, e às outras que vão superiores ao fator memória... vou sem prazer algum...
*(Saldo deste dia: R$53 de táxi, R$20 de balada... Leila e seu namorado, Christian e seu "ficante" e eu... Baixas do dia: (Conrad (trabalhando, como eu previa...sem problemas)... Luciana com uma desculpinha chulé, Elisa e seu namorado sem desculpa alguma, Paulinha e seu eterno caso com o dentista... Devo provar alguma coisa?!...não... só constato... e a vida vai seguindo seu curso...)
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
...De volta ao trabalho... sem vida própria inclusa...

Hoje entrei num ônibus que ia pra Alphaville... daqueles intermunicipais que parecem de viagem... pois exceto as 4 poltronas iniciais, todas as outras estavam ocupadas com uma pessoa em cada canto e sobravam mais umas 4 para que o ônibus estivesse completo com 1pessoa em cada janela ... logo pensei em escrever sobre isso... mais uma percepção de como as pessoas estão cada vez mais distante umas das outras...é claro que eu também me distancio! Também segui a tendência...faço parte desse mundo! aliás, aprendi isso logo... não costumo começar conversas, e nem me aproximar de cara de ninguém... um pouco de timidez...um pouco de cautela...muito de cicatrizes...
Mas, enfim, amanhã começo a trabalhar de novo numa operação receptia...sabem o que isso significa?... Significa que este ano que têm feriados incríveis pra curtir, eu provavelment estarei trabalhando, assim como o tão desejado final de semana com no mínimo duas diárias com a Walzinha e com a mamãe vai demoraaaaaaaar pra acontecer.. mas tomara que ela possa descansar, tadinha... não gostaria de privá-la de um momento de descanso...
Feliz?!...Não é bem essa palavra que descreve meu momento... quero é ver se terei ainda chance e me inscrever no curso de libras, conhecer meu trabalho e meus operadores (que, numa vista superficial, não me pareceu muito convidativo... ), saber das minhas rotinas e minhas avaliações iniciais... por enquanto, me senti incomodada pelo processo todo... mas espero logo descartar essa má impressão inicial...
Aproveitei um momento de intervalo, o caminho pra uma entrevista (afinal, mudança de idéia e outros pontos de visa não fazem mal à ninguém...), e entrei na Igreja de São Cristóvão. São Cristóvão é o padroeiro dos motoristas...rs... pedi pra ele me guiar pra um lugar bom... tomara que ele tenha me ouvido...
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Rótulos

...Servem, em sua concepção lógica, para identificar produtos, caracterizá-los e classificá-los dentre os seus semelhantes... Mas, quantas vezes isso também acontece com pessoas?..e é tão fácil rotular as pessoas quando reservamos a distância do julgamento...
Conversava ontem com uma pessoa que eu não via e nem trocava idéia há pelo menos um ano... Contei-lhe que estou desempregada (algo tão corriqueiro para mim quanto para um usineiro), e que ainda trabalhava com telemarketing. Eis que ele me solta: "Sai dessa vida que isso não é futuro pra ninguém (...) Por que vc não vai trabalhar na área de marketing? Há tanta gente que trabalha nessa área que não tem a metade do conhecimento que adquirimos no curso de Mercadologia".
Embora o endereço do meu blog esteja em meu orkut, acho improvável que ele venha a ler isso um dia, porque pessoas bem sucedidas, esclarecidas e estáveis não perdem seu tempo com essas bobagens mundanas, e muito menos com pessoas como eu, mas dedico este texto de hoje à todas as pessoas que pensam como ele...lá vai:
Eu desejo que vcs possam viver mais, que enriqueçam logo, e que possam ter o tempo todo do resto das suas vidas pra poderem ver a expansão do mundo das telecomunicações...e que, com essa vidinha rica e super facilitada, vocês possam cada vez menos se relacionar com as pessoas que abandonaram pra estarem e terem o que têm, afinal, cada um tem a vidinha provinciana que escolheu pra si (como se escolhêssemos a continuidade de certos fracassos da nossa vida)... e que passem três vezes mais nervoso ao telefone...que possam até infartar esperando atendimento de um serviço de SAC, ou comprar, ou cancelar algum produto, serviço, solicitação... enfim... pra que, em algum lugar e em algum momento dessa consciência super desenvolvida vcs possam também sentir, e não só rotular que, não, ninguém trabalha num call center porque gosta e desde criancinha desejou ouvir pessoas burras, pessoas mal educadas, pessoas arrogantes, pessoas sem cultura pra vender, cancelar ou prestar seja lá qual for o serviço. Não, não somos nós que moldamos o mercado de trabalho, para que as oportunidades de crescimento sejam ampliadas, por mais que tenhamos cultura, formação e conhecimento, acima de tudo. Não, meu diploma não serve para muita coisa sem que eu pudesse ter, no mínimo, me disposto a ficar inadimplente em algum momento da faculdade, para adquirir experiência oferecida sem nenhum retorno financeiro (e não me arrependo de não ter feito estágio pagando este preço com a única coisa que me dignifica além e antes de meus atos: meu nome). Sim, há concursos borbulhando por aí, mas não esqueça que em todos os editais há a explicação de validade das vagas, caso vc passe e não seja convocado... Nos últimos 4 anos, prestei 3, passei em dois e um já caducou... não dá pra ficar dando 100 reais pros órgãos públicos o tempo todo, sem ter retorno, não acha?!... Pelo menos eu não tenho sobrando...
Fora os que estudaram comigo (e olha lá, que nem esses talvez tenham a dimensão do problema que passei), sabe o que é durante a sua faculdade, desde o começo até o fim, ser encurralada em seu trabalho para decidir entre seu estudo e seu ofício, ser demitida e pedir demissão por conta dessa escolha e olhar para tudo o que passou e para tudo o que se tornou hoje e ver que seu sacrifício, suas renúncias,..só importam pra vc, e para mais ninguém?
Quem me conheceu desde os meus 16 anos, como esse cara que falou comigo ontem, sabe que eu tinha a minha vida, meus projetos, sonhos, e determinações...tudo estabelecido até os meus 25 anos. Sabe o que é nada... NADA ter dado certo?...
...Falta de luta? Acomodação?...Falta de ambição?...incompetência, burrice, arrogância, papel de eterna vítima... É fácil rotular... escolha um e viva feliz por isso.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
As mesmas voltas que o mundo dá...

Pensando aqui... já é Fevereiro, e na TV, na internet, em noticiários eletrônicos e em revistas, tenho visto muita gente comentando sobre resoluções de Ano Novo (ainda...). mas percebam que, mesmo com resoluções novas, a vida nos mostra as mesmas e velhas situações pra viver... Ando um tanto de saco cheio de gente... e tudo ao meu redor anda tão impessoal mesmo, que quando me pego mendigando atenção alheia penso: "mas por quê eu ainda insisto?" Será porquê "é impossível ser feliz sozinho"?... Mas, o que machuca mais: pensar em ser feliz sozinho, ou ver que quanto mais você procura estar com as pessoas, menos elas querem estar com você? Ou quando se está com as pessoas, perceber o quanto se é manipulado pra fazer exatamente e sempre o que elas querem, e nunca o que um acordo comum entre a sua vontade e a dela seja o que importa?
...Notaram também que amigos que te magoam profundamente têm memória curta? Já notaram que o sentimento de solidão supera um momento de mágoa profunda em certas ocasiões, pois te fazem procurar as pessoas que te usam, ou abandonam, ou só lembram de você em extrema necessidade?...
É, eu ando chateada com meus amigos... mas não devia mais... eles sempre repetem as mesmas ausências...deixam explícito tantas vezes que não me querem por perto... tenho certeza que todo mundo tem uma pessoa com quem conviveu um tempo logo, e essa pessoa tem MSN...quando vocês deixam de estar juntos (ou porque o tempo de estudos acabou, ou porque não trabalham mais na mesma empresa, ou porque mudaram de cidade, enfim...), e você a vê online...puxa... num dia daqueles que você tá definhando de tédio, e só queria jogar um pouco de conversa fora pro tempo passar... até parece transmissão de pensamento... mas você sempre acaba falando sozinho... ou sempre é você que inicia o papo, que chama o "oi"... ou parece que todo mundo se ocupa demais e você é o "super sem noção do tempo dos outros"... Porra, tá sem tempo, não entra! Trabalha com a ferramente, bloqueia os contatos que te dispersam... não gosta de mim, me exclui!.. o tempo sempre se encarrega de me fazer esquecer...mas é ESQUECER...eu não ressucito mortos... mas vez ou outra eu sou ressucitada por alguém, e levo a fama de durona, por não querer dar margem pra ser chutada de novo...
E aí, psicólogos de plantão..o nome disso é carência?...Então, Tom Jobim fala de carência em Wave?... eu achei que fosse de amor... e da importância de se partilhar o amor que sentimos com as pessoas... mas, deixa pra lá... eu realmente não sei por quê eu ainda insisto...
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Dia de Iemanjá e o Big Bang

...e sai das águas encefálicas o meu primeiro fluido de pensamento a ser dividido com o mundo... Já pensaram no quanto de coisas temos pra contar sobre nós mesmos e sobre o que percebemos a nossa volta...muita coisa passa pela minha cabeça agora... mas não me sai uma percepção de o quão egocêntrica é a idéia de achar que as pessoas tem alguma coisa a ver com o que vc pensa... ou que sejamos certos em nossas indagações... Tá, eu já entendi...já comecei pesada...
Se nada disso fosse importante, as revistas de fofoca não seriam vendidas, não existiriam bilhões e blogs no planeta, as biografias de certas pessoas não virariam best seller...enfim...já entendi... converso sozinha com meus pensamentos o tempo todo, e tudo isso é só uma forma de organizar todos eles...seria mais fácil criar um diário, não?!...Mas ora, e o que fazer com toda essa tecnologia a disposição da gente?...
Que seja hoje o meu Big Bang literário. Tenho certeza de que, embora seja um blog, continuará sendo um diário largado sem a chave, em algum canto do armário que, por sorte, ninguém econtra, mas se encontrar, na hora vai dar raiva, mas depois... é a sua vida, não é?!... E é patético como a gente se esconde, põe cadeado e usa chave pra trancar as coisas, quando, na verdade, só queremos que as pessoas nos entendam com o máximo de clareza possível...
Ok, ok...além de pesado demais, tá super confuso... bom, essa sou eu...
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