segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vazio.


..."Vê se pára de escrever essas merdas e vai ler um lirvo... Depois qdo perde ou esse computador dá problema, fica aí, morrendo..."

...Embalada por essas palavras tão cheias de incentivo que saíram da boca de minha mãe, eu postei meu último texto no blog... o foda é que para quem ela conhece, ela adora falar que eu escrevo bem, que desenho melhor ainda... que a Wal é super inteligente, independente e responsável... gosta de fazer um comercial, mas o prazer de nos deixar tristes parece ser maior do que a demonstração de vaidade pública... A vontade veio, mas eu não chorei.


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...Enquanto isso...é carnaval... assisti ao Oscar... Salve a TV a cabo!


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...É difícil falar... por mais que eu ache que grande parte do que vem da boca da minha mãe ultimamente é vazio, ouvir isso dela me magoou... não que ela não tenha feito isso outras centenas de milhares de vezes...sempre dói qdo ela faz isso... geralmente qdo me sinto entediada, qdo me sinto sozinha..qdo não tenho mais saco de ler propostas e preencher questionários repetitivos de emprego, abro o blog e vou lendo o que escrevi, porque aí reaparece aquela loucura que me dá de escrever tudo o que me passa pela cabeça, e tudo o que deixei de escrever porque o último texto ficou denso demais... eu passei o dia com os sites de emprego abertos e, em paralelo, com o meu blog também. Faz 4 dias que não escrevo, e não porque eu não veja o quê, mas depois do que ela disse... sei lá...


Disse à um amigo hoje que o tédio costuma ser meu combustível literário, e que de uns tempos pra cá, meu "tanque" tava sempre cheio... mas ouvir o eco das palavras da minha mãe funcionou mais ou menos como um tanque cheio de combustível adulterado, manja?!...


Devo passar um tempo aí sem escrever... vou tentar superar isso aí, e ver se volto logo...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

I know not what tomorrow will bring, mas eu quero meu nome pra continuar contando a história...


...Trabalho desde meus 17 anos... tudo começou atrás de uma escola de informática, com as páginas amarelas do guia telefõnico na região de Santana, um chefe sovina, que pagaria R$ 8,00 caso conseguisse levar um ser humano para dentro da escola e as recepcionistas conseguissem entre desculpas e técnicas primitivas de vendas, convencê-los a fazer a matrícula na escola... De lá para cá, houve um momento de paz em minha vida profissional, que durou três meses incríveis...dentro do Centro Técnico Operacional de um banco, como operadora de máquina de microfilmagem...não fosse por esse trimestre, teria só lembranças punks pra contar... Hoje fui à uma entrevista em uma escola particular em Ermelino Matarazzo e voltei para casa pensando no fim do meu blog, no fim do meu orkut...possívelmente no fim de uma comunicação livre nesse espaço tecnológico, caso dê certo isso de dar aula...


Tá... quem me conhece sabe que nunca quis ser professora...eu queria mesmo era ter feito jornalismo, mas depois de 4 tentativas frustradas, sem nem aparecer numa lista de classificação, eu desisti disso, antes que se tornasse uma paranóia a mais com a qual eu teria de conviver para o resto da vida...e quem me conhece tb sabe que o curso de Letras só foi um percurso maior que ...empacou, já que não virei a jornalista que queria ser...e meu diploma está empacado mesmo, dentro do armário...enfim...


Em 2003 houve uma tentativa "chulé" da minha parte, de tentar fazer esse diploma valer a pena... fui à uma atribuição de aula, e descobri que não bastava estar formada, eu tinha que ter feito o magistério...não bastava ter estudo, mas eu tinha que ter "pontos" por tempo de aula dada em caráter de estágio - e estágio para o Estado, naquela época era trabalhar de graça MESMO... "plantar agora para colher depois"...ñ dava pra pensar como botânica...ou eu trabalhava pra pagar a faculdade, ou não fazia a faculdade... simples assim... e aí, me sobrou o Tito Prates da Fonseca, a proposta de ser eventual, competindo com 5 outras eventuais - com pontuação... era desumano...se em três meses eu consegui dar 7 aulas, acho que foi muito... ñ fui nem avisar na escola que eu desisti de ir... nem me ligaram pra falar que precisavam... escolas particulares sem Q.I. ... mais fácil acertar na lotofácil... fui escurraçada do meio, por não ter me submetido à gratuidade e ao romantismo dessa profissão... E o que eu fiz? Aceitei a porta fechada em minha cara e voltei pro telemarketing.


...Vi minha vida fazer 360º quando, depois dessa tentativa, fui parar novamente em outra escola de informática, com o telefone branco na mão, a velha lista amarela... o mesmo script... e um diploma...aí, voltei para um call center com a vantagem da conclusão do curso superior e uma boa história e... bingo! Supervisora!...Daí pra frente, exerci a profissão de professora com o romantismo de quem está na sala de aula, reensinando "aborrecentes" mal educados a falar, escrever, se portar e expressar -se com objetividade, clareza e atenção... um discurso bonito, mas uma grande utopia dentro e fora da escola. Eu remendava o que havia sido mal captado e ganhei com isso o que os professores ganham geralmente... a lembrança e estima de poucos... raros... o desprezo e a maldade de muitos... com a grata vantagem de que num call center, eu podia demitir (com um certo custo, mas conseguia), e em sala de aula, no máximo, eu conseguiria uma reunião de conselho pra tentar repetir a dose do infeliz no próximo ano ( e certamente não seria poupada de reviver o mesmo inferno... acho que foi assim que nasceu aquele lixo denominado " aprovação automática").


Bom, o objetivo do texto de hoje é desabafar que, certamente se eu me tornar uma "educadora" dentro do lugar destinado para isso terei de me desvencilhar de um ponto crucial do meu caráter: a minha contundente franqueza... que escola vai querer uma professora que escreve o que eu escrevo, que viveu o que eu vivo e que tenha isso tão facilitado na internet para os alunos, pais de alunos poderem usar seus dedos julgadores sob a instituição e sob mim? ...Fernando Pessoa qdo usava heterônimos deve ter previsto acontecimentos assim... mas, de quê servem?...somos descobertos no final... Não existe crime perfeito, e o meu é existir... ou mato minha subexistência terapêutica virtual para prover minha subexistência real, ou arco com as consequências de uma vida marginalizada para existir plenamente...


...É...não é uma história que se repete... com menos de 20 anos, Fernando Pessoa já havia saído de Lisboa, falava fluentemente inglês e escrevia tão bem quanto... sua avó lhe deixara uma herança pra que ele investisse nos seus delírios de forma concreta... com 26 anos ele já havia escrito um livro... antes dos 30 ele já fazia resenhas para o TIMES e tinha o Orpheu em Lisboa ... é óbvio que não é uma história que se repete... e que heterônimos não nos salvam de julgamentos e /ou análises futuras... Terei de tomar uma decisão... Porque eu não sei o que o amanhã trará...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

About This...


...Vários dias sem escrever, e não por falta de assunto... muita coisa aconteceu nesses dias... muitas coisas passaram pelos meus pensamentos... mas aí, parei hoje pra pensar que essa "terapia virtual" é um compromisso muito, mas muito escravocrata... a troco de nada, tenho que pensar que em algum momento do meu dia, ou da minha semana devo contar por escrito o que se passa pela minha cabeça, o que meus olhos captam, o que meu coração sente e como vou agir ou gostaria que as pessoas agissem ao meu redor... Acho que esse pensamento permeou minha vida até o dia do "big bang"... (e por que eu deixei ele ir embora no dia do "big bang"?...)


...Aconteceu pela segunda vez de eu desistir de um emprego, mas desta vez, não em função de outro emprego, mas sim porque simplesmente não dava pra ficar... foram três dias de um imenso choque de falta de respeito, irresponsabilidade, bagunça, falta de atenção... por R$300,00 a menos do que eu ganhava, muito, mas muito mais longe de casa, sacrificando sábados, domingos e feriados... não valia a pena... e embora não valesse mesmo, ainda há em tudo isso uma certa sensação de vergonha e fracasso que não consigo deixar de ter, embora tenha sido um decisão que eu realmente não tenha me arrependido de ter tomado...


Voltei para trás dessa tela em busca de um novo emprego, mas por esses dias, tive a idéia de fazer com que esse blog virasse uma consultoria para pessoas que, como eu, não merecem ser tratadas de qualquer jeito por qualquer empresinha que se diz bem conceituada no mercado, mas que não tem a mínima competência de efetuar pagamentos em dia, organizar layout e mapas de sala, promover líderes, e não pasteleiros em busca de culpados para o não batimento de metas... mas esta é minha sexta postagem, e só eu sou a fiel leitora de meus sentimentos e pensamentos até agora, e embora o endereço deste esteja em meu orkut... minha irmã, ao tentar criar o back up do meu antigo computador já apagou meu livro sobre desemprego... realmente já não sei mais se vale a pena detalhar o assunto...


Enfim...meus 28 anos estão batendo à minha porta, e minha nova carteira de trabalho anseia por uma oportunidade de ser muito menos usada do que a primeira, tendo registros mais sólidos e felizes... tomara que não demore... tomara...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

...Qualquer castigo pra Vanessa é pouco...


Por que as pessoas se acham no direito de nunca estarem disponíveis pra gente e a gente não pode dar o troco?...


...sou formada desde 2002. Em 2005, conheci a Trash 80´s no Centro de SP e, para mim, é um lugar perfeito...músicas, alegria...clipes... Já considerando 2009, são 4 anos em que vivo levando pessoas pra conhecer esse lugar mágico... e convidando... e levando váááááários bolos... no último, combinei com 5 pessoas...a última desistiu de ir qdo eu já estava no ponto de ônibus, ligando pra dizer em qtos minutos eu chegaria ao local combinado pra irmos... cara... sabe o que é se arrumar, dispensar outros convites, caronas...ou dispensar o que mais gosto de fazer que é estar com minha mãe e minha irmã em casa, pra estar com pessoas tão...displicentes...sem o menor respeito e consideração qto aos seus sentimentos, expectativas...enfim... e não é a primeira vez... uma das vezes, foi no único - e último - aniversário que fiz em um bar... minha família, minha madrinha e as irmãs dela, meu padrinho de formatura e a trupe do meu melhor amigo doido e ausente Djalma foram... no mais, esperava por mais umas 20 pessoas, dentre elas, as que, me esperam hoje... e ninguém foi... se alguém se lembra disso?! CLARO que não!...mas porque minha irmã queria viajar e ficar num interior comigo e com minha mãe, foi o caos, porque eu, que fui "nomeada" (sem o menor gosto...francamente...) a "experiente" em reservas de VIPS com desconto, fiz a lista, me prontifiquei com o flyer, de repente...não ia... e não sentiria o menor remorso por isso...


Se quero provar pra elas que sou superior?... como se pode ser, qdo as pessoas não têm memória?!... À isso, a humanidade nomeia como mágoa, rancor... ter memória de ter sido machucada pelos outros, é rancor... bruxa sou eu...


...Enfim...estou em casa... Acordei cedo e precisarei estar às 10h no cú do mundo, onde trabalho... Gasto com condução...entrada (é só desconto, não uma benção)... vou gastar com táxi pra voltar antes das duas horas da manhã e... no horário mais legal das músicas infantis... e pela segunda vez dentro da Trash (pq já houve uma anterior à essa), receio que não vou sentir o menor prazer em estar lá...e vou me molhar porque ainda está chovendo...


...Depois de um dia tão gostoso com minha família...um fim de noite fazendo um "social"... Não por você, Christian, nem por você, Conrad, que estará trabalhando talvez e nem vá (certamente estes entenderiam o quão cansada estarei pra trabalhar amanhã por conta de hoje)...muito menos por você, Luciana, que sei lá por quê eu acho que também não vai, mas eu perdoo... Aos que eu chamei e dirão que esqueram e/ou inventaraão certamente mais uma desculpa medíocre, e às outras que vão superiores ao fator memória... vou sem prazer algum...
*(Saldo deste dia: R$53 de táxi, R$20 de balada... Leila e seu namorado, Christian e seu "ficante" e eu... Baixas do dia: (Conrad (trabalhando, como eu previa...sem problemas)... Luciana com uma desculpinha chulé, Elisa e seu namorado sem desculpa alguma, Paulinha e seu eterno caso com o dentista... Devo provar alguma coisa?!...não... só constato... e a vida vai seguindo seu curso...)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

...De volta ao trabalho... sem vida própria inclusa...


Hoje entrei num ônibus que ia pra Alphaville... daqueles intermunicipais que parecem de viagem... pois exceto as 4 poltronas iniciais, todas as outras estavam ocupadas com uma pessoa em cada canto e sobravam mais umas 4 para que o ônibus estivesse completo com 1pessoa em cada janela ... logo pensei em escrever sobre isso... mais uma percepção de como as pessoas estão cada vez mais distante umas das outras...é claro que eu também me distancio! Também segui a tendência...faço parte desse mundo! aliás, aprendi isso logo... não costumo começar conversas, e nem me aproximar de cara de ninguém... um pouco de timidez...um pouco de cautela...muito de cicatrizes...


Mas, enfim, amanhã começo a trabalhar de novo numa operação receptia...sabem o que isso significa?... Significa que este ano que têm feriados incríveis pra curtir, eu provavelment estarei trabalhando, assim como o tão desejado final de semana com no mínimo duas diárias com a Walzinha e com a mamãe vai demoraaaaaaaar pra acontecer.. mas tomara que ela possa descansar, tadinha... não gostaria de privá-la de um momento de descanso...


Feliz?!...Não é bem essa palavra que descreve meu momento... quero é ver se terei ainda chance e me inscrever no curso de libras, conhecer meu trabalho e meus operadores (que, numa vista superficial, não me pareceu muito convidativo... ), saber das minhas rotinas e minhas avaliações iniciais... por enquanto, me senti incomodada pelo processo todo... mas espero logo descartar essa má impressão inicial...


Aproveitei um momento de intervalo, o caminho pra uma entrevista (afinal, mudança de idéia e outros pontos de visa não fazem mal à ninguém...), e entrei na Igreja de São Cristóvão. São Cristóvão é o padroeiro dos motoristas...rs... pedi pra ele me guiar pra um lugar bom... tomara que ele tenha me ouvido...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Rótulos


...Servem, em sua concepção lógica, para identificar produtos, caracterizá-los e classificá-los dentre os seus semelhantes... Mas, quantas vezes isso também acontece com pessoas?..e é tão fácil rotular as pessoas quando reservamos a distância do julgamento...


Conversava ontem com uma pessoa que eu não via e nem trocava idéia há pelo menos um ano... Contei-lhe que estou desempregada (algo tão corriqueiro para mim quanto para um usineiro), e que ainda trabalhava com telemarketing. Eis que ele me solta: "Sai dessa vida que isso não é futuro pra ninguém (...) Por que vc não vai trabalhar na área de marketing? Há tanta gente que trabalha nessa área que não tem a metade do conhecimento que adquirimos no curso de Mercadologia".


Embora o endereço do meu blog esteja em meu orkut, acho improvável que ele venha a ler isso um dia, porque pessoas bem sucedidas, esclarecidas e estáveis não perdem seu tempo com essas bobagens mundanas, e muito menos com pessoas como eu, mas dedico este texto de hoje à todas as pessoas que pensam como ele...lá vai:


Eu desejo que vcs possam viver mais, que enriqueçam logo, e que possam ter o tempo todo do resto das suas vidas pra poderem ver a expansão do mundo das telecomunicações...e que, com essa vidinha rica e super facilitada, vocês possam cada vez menos se relacionar com as pessoas que abandonaram pra estarem e terem o que têm, afinal, cada um tem a vidinha provinciana que escolheu pra si (como se escolhêssemos a continuidade de certos fracassos da nossa vida)... e que passem três vezes mais nervoso ao telefone...que possam até infartar esperando atendimento de um serviço de SAC, ou comprar, ou cancelar algum produto, serviço, solicitação... enfim... pra que, em algum lugar e em algum momento dessa consciência super desenvolvida vcs possam também sentir, e não só rotular que, não, ninguém trabalha num call center porque gosta e desde criancinha desejou ouvir pessoas burras, pessoas mal educadas, pessoas arrogantes, pessoas sem cultura pra vender, cancelar ou prestar seja lá qual for o serviço. Não, não somos nós que moldamos o mercado de trabalho, para que as oportunidades de crescimento sejam ampliadas, por mais que tenhamos cultura, formação e conhecimento, acima de tudo. Não, meu diploma não serve para muita coisa sem que eu pudesse ter, no mínimo, me disposto a ficar inadimplente em algum momento da faculdade, para adquirir experiência oferecida sem nenhum retorno financeiro (e não me arrependo de não ter feito estágio pagando este preço com a única coisa que me dignifica além e antes de meus atos: meu nome). Sim, há concursos borbulhando por aí, mas não esqueça que em todos os editais há a explicação de validade das vagas, caso vc passe e não seja convocado... Nos últimos 4 anos, prestei 3, passei em dois e um já caducou... não dá pra ficar dando 100 reais pros órgãos públicos o tempo todo, sem ter retorno, não acha?!... Pelo menos eu não tenho sobrando...


Fora os que estudaram comigo (e olha lá, que nem esses talvez tenham a dimensão do problema que passei), sabe o que é durante a sua faculdade, desde o começo até o fim, ser encurralada em seu trabalho para decidir entre seu estudo e seu ofício, ser demitida e pedir demissão por conta dessa escolha e olhar para tudo o que passou e para tudo o que se tornou hoje e ver que seu sacrifício, suas renúncias,..só importam pra vc, e para mais ninguém?


Quem me conheceu desde os meus 16 anos, como esse cara que falou comigo ontem, sabe que eu tinha a minha vida, meus projetos, sonhos, e determinações...tudo estabelecido até os meus 25 anos. Sabe o que é nada... NADA ter dado certo?...


...Falta de luta? Acomodação?...Falta de ambição?...incompetência, burrice, arrogância, papel de eterna vítima... É fácil rotular... escolha um e viva feliz por isso.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

As mesmas voltas que o mundo dá...


Pensando aqui... já é Fevereiro, e na TV, na internet, em noticiários eletrônicos e em revistas, tenho visto muita gente comentando sobre resoluções de Ano Novo (ainda...). mas percebam que, mesmo com resoluções novas, a vida nos mostra as mesmas e velhas situações pra viver... Ando um tanto de saco cheio de gente... e tudo ao meu redor anda tão impessoal mesmo, que quando me pego mendigando atenção alheia penso: "mas por quê eu ainda insisto?" Será porquê "é impossível ser feliz sozinho"?... Mas, o que machuca mais: pensar em ser feliz sozinho, ou ver que quanto mais você procura estar com as pessoas, menos elas querem estar com você? Ou quando se está com as pessoas, perceber o quanto se é manipulado pra fazer exatamente e sempre o que elas querem, e nunca o que um acordo comum entre a sua vontade e a dela seja o que importa?


...Notaram também que amigos que te magoam profundamente têm memória curta? Já notaram que o sentimento de solidão supera um momento de mágoa profunda em certas ocasiões, pois te fazem procurar as pessoas que te usam, ou abandonam, ou só lembram de você em extrema necessidade?...


É, eu ando chateada com meus amigos... mas não devia mais... eles sempre repetem as mesmas ausências...deixam explícito tantas vezes que não me querem por perto... tenho certeza que todo mundo tem uma pessoa com quem conviveu um tempo logo, e essa pessoa tem MSN...quando vocês deixam de estar juntos (ou porque o tempo de estudos acabou, ou porque não trabalham mais na mesma empresa, ou porque mudaram de cidade, enfim...), e você a vê online...puxa... num dia daqueles que você tá definhando de tédio, e só queria jogar um pouco de conversa fora pro tempo passar... até parece transmissão de pensamento... mas você sempre acaba falando sozinho... ou sempre é você que inicia o papo, que chama o "oi"... ou parece que todo mundo se ocupa demais e você é o "super sem noção do tempo dos outros"... Porra, tá sem tempo, não entra! Trabalha com a ferramente, bloqueia os contatos que te dispersam... não gosta de mim, me exclui!.. o tempo sempre se encarrega de me fazer esquecer...mas é ESQUECER...eu não ressucito mortos... mas vez ou outra eu sou ressucitada por alguém, e levo a fama de durona, por não querer dar margem pra ser chutada de novo...


E aí, psicólogos de plantão..o nome disso é carência?...Então, Tom Jobim fala de carência em Wave?... eu achei que fosse de amor... e da importância de se partilhar o amor que sentimos com as pessoas... mas, deixa pra lá... eu realmente não sei por quê eu ainda insisto...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dia de Iemanjá e o Big Bang




...e sai das águas encefálicas o meu primeiro fluido de pensamento a ser dividido com o mundo... Já pensaram no quanto de coisas temos pra contar sobre nós mesmos e sobre o que percebemos a nossa volta...muita coisa passa pela minha cabeça agora... mas não me sai uma percepção de o quão egocêntrica é a idéia de achar que as pessoas tem alguma coisa a ver com o que vc pensa... ou que sejamos certos em nossas indagações... Tá, eu já entendi...já comecei pesada...
Se nada disso fosse importante, as revistas de fofoca não seriam vendidas, não existiriam bilhões e blogs no planeta, as biografias de certas pessoas não virariam best seller...enfim...já entendi... converso sozinha com meus pensamentos o tempo todo, e tudo isso é só uma forma de organizar todos eles...seria mais fácil criar um diário, não?!...Mas ora, e o que fazer com toda essa tecnologia a disposição da gente?...
Que seja hoje o meu Big Bang literário. Tenho certeza de que, embora seja um blog, continuará sendo um diário largado sem a chave, em algum canto do armário que, por sorte, ninguém econtra, mas se encontrar, na hora vai dar raiva, mas depois... é a sua vida, não é?!... E é patético como a gente se esconde, põe cadeado e usa chave pra trancar as coisas, quando, na verdade, só queremos que as pessoas nos entendam com o máximo de clareza possível...
Ok, ok...além de pesado demais, tá super confuso... bom, essa sou eu...